“As empresas
consideradas mistas, isto é, que auferem receitas decorrentes da fabricação dos
produtos mencionados no caput do art. 8º da Lei 12.546, de
2011, e de outras atividades não submetidas à substituição, deverão recolher:
a) a contribuição previdenciária sobre a receita
bruta, em relação aos produtos que fabrica; e b) a contribuição previdenciária
patronal sobre a folha de
pagamento prevista nos incisos I e III do art. 22 da
Lei 8.212, de 1991, com a aplicação do redutor previsto no art. 9º, § 1º, II,
da Lei 12.546, de 2011.
Utiliza-se a receita bruta do próprio mês de
competência para fins de apuração da base de cálculo da contribuição
previdenciária sobre a receita bruta, bem como para os demais índices previstos
nos arts. 7º a 9º da Lei 12.546, de 2011, exceção feita ao cálculo do redutor
previsto no art. 9º, § 1º, II, aplicável à folha de pagamento do 13º Salário, em relação às empresas com atividades mistas.
Apenas no cálculo do tributo propriamente dito devem
ser excluídas da base de cálculo as receitas decorrentes de exportação, em
obediência ao inciso I, § 2º do art. 149 da CF/88, e nos termos da alínea ‘a’
do inciso II do art. 9º da Lei 12.546, de 2011.
A contribuição previdenciária prevista nos incisos I
e III do art. 22 da Lei 8.212, de 1991, incidente sobre a folha de pagamento referente
ao décimo terceiro salário dos segurados empregados, pago em dezembro, subsiste
para o período anterior ao regime de contribuição previdenciária substitutiva.
Para o período posterior: não é devida pelas empresas com essa contribuição previdenciária
totalmente substituída; e é devida pelas empresas com essa contribuição
parcialmente substituída (empresas mistas), com a aplicação do redutor previsto
no inciso II do § 1º do art. 9º da Lei 12.546, de 2011. Para fins do cálculo da
razão estabelecida no dispositivo legal citado, utiliza-se a receita bruta não
substituída e a receita bruta total dos últimos 12 meses anteriores a dezembro,
caso a empresa esteja incluída na sistemática de contribuição previdenciária
incidente sobre a receita bruta há, pelo menos, doze meses, ou
proporcionalmente ao período de inclusão, se inferior a 12 meses. O
recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre a
receita bruta é feito por meio de Documento de Arrecadação das Receitas
Federais (DARF), de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz.
O preenchimento da Guia de Pagamento do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) pelas empresas
alcançadas pela contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta
obedece às instruções contidas no Ato Declaratório Executivo 93 Codac, de 19-12-2011.
Base legal: Constituição Federal, arts.
149, § 2º, I, e 195, § 13; Lei nº 8.212, de 24-7-1991, arts. 22, I e III, 28, §
7º, e 30, I, b; Lei 12.546, de 14-12-2011, arts. 7º a 9º; Decreto 3.048, de 6-5-1999,
art. 214, § 6º; Decreto 7.828, de 16-10-2012, art. 5º, §§ 1º e 2º; Instrução
Normativa 1.110 RFB, de 27-12-2010, art. 6º, XII, e § 11; Ato Declaratório
Interpretativo (ADI) RFB, de 15-12- 2011; Ato Declaratório Executivo (ADE) Codac 86, de 1º-12-2011; Ato Declaratório Executivo (ADE) Codac 93, de
19-12-2011, arts. 3º a 6º. e Solução de Consulta Interna 28
COSIT, de 8-10-2013 ”
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