Em
reunião com empresários de 56 setores da indústria brasileira a
presidenta Dilma Rousseff anunciou a permanência da política de
desoneração da folha de pagamento aos setores da economia já
beneficiados com o processo. A medida,que perderia a validade no fim
deste ano, começou a ser implantada em 2011, no lançamento do programa
Brasil Maior, com o objetivo de tornar o comércio mais competitivo.
Com a
medida os setores beneficiados pagam apenas o equivalente a 1% e 2% de
seu faturamento, em troca dos 20% do pagamentos da contribuição das
empresas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que existia
anteriormente. Ao tirar tributos incidentes sobre os salários dos
trabalhadores, o governo estimula a geração de empregos no país e
melhorar a competitividade das empresas brasileiras.
Segundo
o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a desoneração da folha de
pagamento é benéfica porque estimula a competitividade e a exportação.
Mantega explica que o objetivo da medida, em 2011, era reduzir custos
trabalhistas, mantendo os salários no patamar em que estavam. "O Brasil
queria concorrer mais com produtos e serviços estrangeiros que vem ao
Brasil, e concorrer com produtos lá de fora por meio de exportações
brasileiras".
O
ministro da Fazenda salientou que a medida aumentou o número de
empregados e a permanência deles nas empresas. "Estes setores
(indústria, comércio, serviços, transportes e comunicação) empregaram
mais do que os setores. Esta é uma das razões palas quais o Brasil
continua com baixíssimo desemprego". Ele também reforçou que o governo
ouviu dos empresários que, a partir da desoneração as empresas
brasileiras ganharam mais concorrência.
O
governo destacou que no futuro novos setores da economia serão
beneficiados pela desoneração da folha de pagamento. "Ao longo do
tempo, não neste ano, mas nos próximos anos, novos setores serão
beneficiados, dando mais competitividade à estrutura produtiva
brasileira. Se forem incluídos novos setores, isso acontecerá a partir
de 2015. Mas tem de haver recursos [para isso]", disse o ministro.
Renúncia fiscal com a medida
A
expectativa do governo federal é de que a renúncia fiscal (recursos
que deixarão de ser arrecadados com a medida) seja de R$ 21,6 bilhões
em 2014, informou o ministro da Fazenda. Nos quatro primeiros meses
deste ano, segundo números da Secretaria da Receita Federal, o governo
deixou de arrecadar R$ 7,66 bilhões por conta da desoneração da folha
de pagamentos, valor que é maior do que a registrada no mesmo período
do ano passado: R$ 3,31 bilhões. Em todo ano passado, o governo abriu
mão de R$ 13,1 bilhões com a desoneração da folha de pagamentos, de
acordo com dados do Fisco.
Fonte: Portal Brasil